terça-feira, 30 de agosto de 2011

Socorro


Socorro, não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar, nem pra rir
Socorro, alguma alma, mesmo que penada
Me entregue suas penas
Já não sinto amor, nem dor, já não sinto nada
Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate, nem apanha
Por favor, uma emoção pequena
Qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta
Em tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Socorro, alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento, acostamento, encruzilhada
Socorro, eu já não sinto nada, nada


(Alice Ruiz)

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

the answer is blowin' in the wind


To precisando da calma, esquecer meus erros e nem tentar pensar no futuro. Colocar uma música pra tocar, deitar na sacada, olhar as estrelas e esquecer do mundo. Viajar com a música, sentir cada batida, cada timbre, entrar em sintonia, sentir o vento, sentir a respiração. De repente começar a me sentir mais leve, sentir a pressão na alma e no coração indo embora aos poucos. E quando me dou conta estou sorrindo, por nada, só por poder sorrir mais uma vez.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

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Quem sabe o fim amargo dê doçura aos momentos, quem sabe a distância acenda o amor, quem sabe as respostas estejam no silêncio, quem sabe o amor não exista, quem sabe a saudade seja ilusão, e o sofrimento e sensação de perda logo passem. São tantos momentos para lembrar, e tudo o que é desejado é esquecer. Faltam palavras para explicar um sentimento, sobra desilusão. Tudo ainda tão nebuloso que custa querer acreditar, mesmo acreditando. Mas o pior não é perder alguém, mas sim perder a si mesmo, olhar no espelho e nem sequer reconhecer a imagem. Agora, sem o que escrever, sem conseguir organizar os sentimentos misturados, o que resta é acreditar que foi muito melhor assim.

domingo, 23 de maio de 2010

littlest things


Quero a simplicidade do riso, da vergonha, das palavras e pequenas atitudes.O pouco é muito. Não preciso de exageros, não preciso da doença. Preciso da real intensidade do sentimento, preciso da certeza,e também do frio na barriga da dúvida, mas logo o alivio ,de novo, da tão querida certeza. Quero as lembranças que a música traz, e do conforto do abraço cheiroso. Quero o filme com falas decoradas e o gosto de coca-cola com chocolate na boca. Quero o passeio no parque com a brisa batendo no rosto. Quero ver a ligação perdida no celular. Quero a calmaria do domingo à tarde e a diversão do sábado à noite.
Quero poder olhar tudo e dizer que não quero mais nada.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

the same old story


Acordando ele percebe a garota ao seu lado, tenta lembrar seu nome ou ao menos as palavras da noite passada, mas nada lhe vem à cabeça. Está na hora de ir embora. No fundo sente pena da garota, mas nada ele pode fazer, ela deveria saber que o jogo sempre acaba e alguém tem que perder. Ele levanta quieto, pois ainda se lembra da ultima vez que acordou alguém ao seu lado, e não foi nada agradável. É rápido para pegar suas roupas e partir de mais um lugar desconhecido. Ela, só acorda mais tarde, ainda com o gosto dele na boca e suas palavra fazendo eco na cabeça turbulenta. Ela imaginava que isso iria acontecer, ela sozinha na cama, sua companhia é apenas o arrependimento e a solidão. Ah como poderia ter sido diferente, parecia tão especial... ele sabia exatamente o que fazer para tirá-la do controle e tê-la na sua mão. Uma ilusão tão doce, mas tão amarga... Ela sabe que vai sofrer, e que vai aprender depois. Agora só resta o banho para tirar os fluidos da noite passada do corpo, e torcer para que os do coração também corram ralo abaixo.